Dedico este poema aos sindicalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, covardemente assassinados por defenderem a floresta da ganância dos madeireiros e a outros mártires que a mídia não tem interesse em vivulgar.
Deixemos Deus sossegado
e colhamos as vinhas da nossa ira.
Soem trombetas
Acordem liras
Pois não existe céu além deste que
conhecemos e poluímos.
Homens, até quando
a terra será encharcada
com o sangue dos teus irmãos?
Até quando morrerão índios,
negros, mulheres, crianças,
bastardos e desempregados,
e uma leva de outros seres subalternizados?
Por que não conseguimos enxergar
que o rosto desfigurado
do homem e da mulher
sem nome, sem casa e com fome
é o meu e o seu rosto, é o nosso rosto?
Porque não aceitamos que
esse homem e essa mulher são, também,
a flor que arrancamos,
o animal que assassinamos
as árvores que deixamos cair...
Até quando o ferro e o fogo
calarão vozes mais esclarecidas?
E no lugar das árvores
sejam plantadas as sombras
dessas existências perdidas?
Morreu Paulo Cesar Vinha,
Chico Mendes, Maria do Espírito Santo
Dorothy, irmã querida,
morreu José Cláudio Ribeiro da Silva,
defendendo as castanheiras
e a nossa humanidade.
Tantos outros também partiram
traídos pelos seus.
Exército de vencidos
que se levantará um dia
ainda mais forte, pois,
existem coisas que não se pode matar:
a Fé, a Esperança, a Revolta, a Justiça!
Esta é a hora de nos inspirarmos
nos fantasmas da esperança, para que
as gerações futuras possam descansar, ter
ar, água, lugar de existência.
Nós nos perdemos no labirinto
da modernidade ourobórica,
construída com armas tecnológicas.
Não temos, mas, ainda buscamos,
alguém ou algo que nos salve
de nós mesmos.
Renata BonfimDeixemos Deus sossegado
e colhamos as vinhas da nossa ira.
Soem trombetas
Acordem liras
Pois não existe céu além deste que
conhecemos e poluímos.
Homens, até quando
a terra será encharcada
com o sangue dos teus irmãos?
Até quando morrerão índios,
negros, mulheres, crianças,
bastardos e desempregados,
e uma leva de outros seres subalternizados?
Por que não conseguimos enxergar
que o rosto desfigurado
do homem e da mulher
sem nome, sem casa e com fome
é o meu e o seu rosto, é o nosso rosto?
Porque não aceitamos que
esse homem e essa mulher são, também,
a flor que arrancamos,
o animal que assassinamos
as árvores que deixamos cair...
Até quando o ferro e o fogo
calarão vozes mais esclarecidas?
E no lugar das árvores
sejam plantadas as sombras
dessas existências perdidas?
Morreu Paulo Cesar Vinha,
Chico Mendes, Maria do Espírito Santo
Dorothy, irmã querida,
morreu José Cláudio Ribeiro da Silva,
defendendo as castanheiras
e a nossa humanidade.
Tantos outros também partiram
traídos pelos seus.
Exército de vencidos
que se levantará um dia
ainda mais forte, pois,
existem coisas que não se pode matar:
a Fé, a Esperança, a Revolta, a Justiça!
Esta é a hora de nos inspirarmos
nos fantasmas da esperança, para que
as gerações futuras possam descansar, ter
ar, água, lugar de existência.
Nós nos perdemos no labirinto
da modernidade ourobórica,
construída com armas tecnológicas.
Não temos, mas, ainda buscamos,
alguém ou algo que nos salve
de nós mesmos.
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Estou eufórica com a notícia abaixo! Ansiosíssima! Para os meus conterrâneos:
gazeta online - ES
De 02 de agosto a 02 de outubro, estarão expostas no Palácio Anchieta obras originais de quatro renomados artistas espanhóis: Pablo Picasso, Salvador Dalí, Francisco Goya e Joan Miró. A exposição "Mestres Espanhóis" é inédita no país e Vitória será a primeira cidade a recebê-la.
De 02 de agosto a 02 de outubro, estarão expostas no Palácio Anchieta obras originais de quatro renomados artistas espanhóis: Pablo Picasso, Salvador Dalí, Francisco Goya e Joan Miró. A exposição "Mestres Espanhóis" é inédita no país e Vitória será a primeira cidade a recebê-la.
3 comentários:
Sou amente da poesia e da música. Continue postando que eu estarei sempre passando por aqui. Abraços
Pai Nosso da América Latina
O Pai Nosso de cada dia (42)
Pai, ó Pai nosso,
quando é que este mundo será nosso?
Pai Nosso, quando o mundo será nosso,
dos pobres, nossos irmãos?
Pai Nosso, como é duro ver minha gente
crucificada, pela opressão!
Pai Nosso, desta América ferida.
Ah! Vida, quanta aflição!
Pai Nosso, quem enxugará o pranto
Ddos povos dessas nações?
Pai Nosso, o coração de nossa gente,
despedaçado, quer solução!
Pai Nosso, a esperança do presente
é igualdade, repartição.
Pai Nosso, quando a terra será nossa,
dos povos, sem aflição?
Pai Nosso, quando a terra será nossa,
dos pobres, sem opressão?
(Cf. CNBB, Orando na Primeira Semana Brasileira de Catequese, Brasília, 1986, Página 27)
Maravilha sobrevoar por aqui.
"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las."
Santo Agostinho de Hipona
Tem selinho pra vc, bjss querida
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