terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fernando Pessoa

"(...) Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucendendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trêmulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso. (...)"

                                                            Fernando Pessoa

5 comentários:

Anônimo disse...

Lê-lo é uma satisfação inesgotável. Beijos Carla.

fabiano disse...

Navegar no miscelânea é preciso... para, ao fim de mais um dia agitado poder “sair desse mundo”, quiçá sair de nós mesmos e dar uma passadinha no mundo da poesia, da música, da arte, em fim..., viver um jeito vida que nos trás anima para continuarmos a mesma vida, a nossa vida.

fabiano disse...

ânima

Marcela disse...

Muito bom partilhar com vcs momentos poéticos. bjs.

Anônimo disse...

Adoro Fernando Pessoa. Muito bom gosto.

Amei!!!

Roberta