A verdade é que as pretensões de Juvenal Urbino nunca tinham sido formuladas em termos de amor, e era pelo menos curioso que um militante católico como ele só lhe oferecesse bens terrenos: a segurança, a ordem, a felicidade, cifras imediatas que uma vez somadas poderiam talvez se assemelhar ao amor: quase amor. Mas não eram, e estas dúvidas aumentavam sua confusão, porque também estava convencida de que o amor era na realidade aquilo que mais falta lhe fazia para viver.
Gabriel García Márquez em: "O Amor nos Tempos do Cólera"
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