Aceitemos então que estamos sozinhos e, a partir daí, façamos a nova descoberta de que estamos acompanhados – uns pelos outros. Quando pusermos os olhos no céu estrelado, com a furiosa vontade de lá chegar, mesmo que seja para encontrar o que não é para nós, mesmo que tenhamos de resignar-nos à humilde certeza de que, em muitos casos, uma vida não bastará para fazer a viagem – quando pusermos os olhos no céu, repito, não esqueçamos que os pés assentam na terra e que é sobre esta terra que o destino do homem (esse nó misterioso que queremos desatar) tem de cumprir-se. Por uma simples questão de humanidade.
José Saramago
2 comentários:
Que texto!, Que texto!!!
Que saudade deu-me agora de Saramago, possuía uma visão tão lúcida da vida, do Homem...
Bela postagem, Marcela!
beijoss
Saudade compartilhada, querida.
Que falta ele faz!
Obrigada pela visitinha. bjs.
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