Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar
Salvador Dalí
Os sonhos, como se sabe, são uma coisa extraordinariamente estranha: um se apresenta com assombrosa nitidez, com minucioso acabamento de ourivesaria nos pormenores, e em outro, como que sem se dar conta de nada, você salta, por exemplo, por cima do espaço e do tempo. Os sonhos, ao que parece, move-os não a razão, mas o desejo, não a cabeça, mas o coração, e no entanto que coisas ardilosas produzia às vezes a minha razão em sonho!
Fiódor Dostoievski em: Sonho de Um Homem Ridículo
Fiódor Dostoievski em: Sonho de Um Homem Ridículo
3 comentários:
Tive um sonho bom noite passada, quiçá o melhor sonho que minha psiquê já engendrou.
Sua notabilidade não se dá pela complexidade narrativa. Não, foi simples, pobre de metáforas, sem nenhum viés literário.
Foi bom porque, ao contrário da realidade, tudo dava certo. O sonho era uma sucessão de desejos realizados no sentido mais literal. Desejava, acontecia.
Peça do acaso: hoje leio o conto do Dostoievski sobre o tema.
Sempre me interessei pelos sonhos, acho uma das coisas mais complexas e intrigantes da mente humana, por mais simples que sejam, têm algo de extraordinário:
criamos imagens, realizamos o que não conseguimos durante o dia. E às vezes, podem ser reveladores, não é? Dostoievski conhecia a alma
humana com tanta profundidade!
Gosto de vir aqui, Marcela, sempre tem algo pra se refletir...
beijos
Obrigada, querida.
Os sonhos, matéria-prima dos analistas e artistas, também me instigam. Decifrá-los é uma viagem fascinante.
Venha sempre!
bjs.
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