Os filhos de João é um agradável convite a adentrar no sítio onde aqueles jovens insistiam num mundo diferente e acompanhar seu o amadurecimento musical, influenciado por Joáo Gilberto.
De seu modo peculiar, Tom Zé vai narrando em depoimentos a evoluçao artística dos novinhos baianos. A este somam-se os depoimentos dos participantes do grupo, com exceçao da Baby Consuelo, que, lamentavalmente, se negou autorizar a exibiçao da sua entrevista.
E ouvindo o que o mestre Joao dizia, eles foram trocando os acordes distorcidos das guitarras pelo acordes melódicos do cavaquinho; foram descobrindo que Assis Valente existia, cada vez mais olhando para a musicalidade de sua gente. Bebendo na água da música popular brasileira, criaram algo realmente original e criativo.
É um filme sensível, simples e naturalmente engraçado. Sao muitos "causos" para contar daquela experiência de vida em comunidade, filosofia hippie e uma ingenuidade que deixou saudade.
Mais do que a história musical dos Novos Baianos, o espectador encontrará, num segundo plano, a história de uma época. Em tempos de celebridades meteóricas, de gente vendendo o corpo, a alma e a dignidade por quinze minutos de fama, em tempos de individualismo exarcerbado, conviver por algumas horas com um grupo de jovens que desdenhava a fama e praticava uma experiência de vida coletiva é uma viagem fantástica.
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